Não reprimas o fluxo do meu coração
que sobe aos teus olhos, Mãe.
Não mudes nada neste amor,
reenvia-me a onda nas tuas mãos translúcidas.
Ele pediu-to.
Eu sou João, o pecador. Não há muito
que amar em mim.Sinto-me sempre nas margens do lago,
descalço na areia e, subitamente... Ele.
Em mim, nunca abraçarás o seu mistério,
mas docemente cingirei teus pensamentos,
como a murta.
Ele quis, Mãe, que eu te diga.
Suplico-te que esta palavra
não te pareça apoucada.
Na verdade, é difícil medir o sentido
das palavras que Ele nos inspira
para que, antes delas, todo o amor
fosse ocultado.
KAROL JÓZEF WOJTYLA (1920-2005)
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