Noite escura, trevas opacas fugi,
Que o dia se aproxima e o Olimpo já alvesce;
E vós, demónios, voltai às vossas funéreas prisões:
Um Deus nos libertou do vosso império terrível.
O Sol rasga a sombra escura;
E os raios brilhantes que lança nos ares
Rompendo o véu espesso que a natureza cobria,
Voltam a dar cor e alma ao universo.
Rompendo o véu espesso que a natureza cobria,
Voltam a dar cor e alma ao universo.
Ó Cristo, nossa única luz,
Só reconhecemos tuas santas claridades.
O nosso espírito é-te submisso; ouve a nossa oração,
E junge nossas vontades à tua divina canga.
E junge nossas vontades à tua divina canga.
Nossa alma criminosa, vezes sem conta,
Adormece temerária na sua falsa virtude;
Apressa-te a iluminar, ó lume eterno,
Adormece temerária na sua falsa virtude;
Apressa-te a iluminar, ó lume eterno,
Os infelizes sentados nas sombras da morte.
Glória a Ti, Trindade profunda,
Pai, Filho, Espírito Santo: sempre te adoremos,
Enquanto o astro do tempo iluminar o mundo
Enquanto o astro do tempo iluminar o mundo
E até depois de os séculos terminarem o seu curso.
JEAN RACINE
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