Meu Deus,
Que te oferecerei, agora que sou velha?
Que posso eu, perdido o valor e o resto do meu resto vai
caindo em pó cada vez mais todos os dias? Que posso oferecer-te, hoje que já
nem há um dia, mas uma queda sem piedade de horas perdidas e isoladas de vida?
Ó meu Deus, que te oferecerei?
Oferecer-te-ei a minha destruição segundo a minha vontade
e a ordem por Ti prescrita a toda a criatura.
Sopro, gota a gota, oferecer-te-ei o último sacrifício
humano num templo sem fiéis onde, para a mais secreta imolação no mais afastado
dos tabernáculos, serão Só, serão Um, sacerdote e hóstia, sacrifício e vitima, eu
mesma.
Assim seja.
Assim seja.
MARIE NOEL
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