Ó Maria, graças à tua luz,
Não foste uma virgem louca, mas uma virgem prudente
Porque perguntaste ao Anjo
Porque perguntaste ao Anjo
Como se faria o que ele anunciava.
Não ignoravas que tudo era possível
À omnipotência de Deus,
Não ignoravas que tudo era possível
À omnipotência de Deus,
Nem sobre isso tinhas dúvida alguma.
Por isso, porque dizias: «Não conheço homem»? [Lucas
1,34]
Não era falta de fé,
Mas a tua humildade to fazia dizer;
Crias no poder de Deus
Crias no poder de Deus
E só pensavas na tua indignidade.
Ó Maria, as palavras do Anjo perturbaram-te.
De onde veio esta perturbação? Do medo?
De onde veio esta perturbação? Do medo?
Não parece: antes, parece-me, que da luz de Deus.
Isso não era de medo, mas de admiração.
Isso não era de medo, mas de admiração.
E de que te admiravas?
Da imensidão da bondade de Deus.
Estavas perturbada
Estavas perturbada
Ao ver quanto eras indigna da graça
Que Ele te oferecia.
Que Ele te oferecia.
Esta comparação da tua indignidade e da tua fraqueza
Com o milagre inefável da graça inefável,
Com o milagre inefável da graça inefável,
Enchia-te de confusão.
A tua pergunta provava a tua humildade profunda.
Estavas, não amedrontada,
Estavas, não amedrontada,
Mas espantada com a imensidão da bondade de Deus,
Que comparavas à tua pequenez e ao nada da tua virtude.
Que comparavas à tua pequenez e ao nada da tua virtude.
Assim, ó Maria, tornaste-te o livro em que a nossa regra
está escrita.
Porque em ti está gravada a sabedoria do Pai Eterno,
Em ti se manifesta a dignidade, a força e a liberdade do
homem.
CATARINA DE SENA
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