Majestade soberana, eterna sabedoria,
Deus único, bondade sublime,
pertenço a vós que me criaste,
a vós que me resgatastes,
a vós que me apoiastes,
a vós que me chamastes,
a vós que me esperastes,
a vós, uma vez qie não me perdi:
que esperais de mim, Senhor?
Dai-me a morte ou a vida,
dai-me a saúde ou a doença,
dai-me a luta ou a paz total,
a fraqueza ou a força aumentada,
a tudo direi sim:
que esperais de mim, Senhor?
Dai-me a riqueza ou a pobreza,
o consolo ou a desolação,
dai-me a alegria ou a tristeza,
dai-me o inferno ou dai-me o céu,
vida doce e sol sem véu,
porque sou toda vossa:
que esperais de mim, Senhor?
Dai-me pois a sabedoria,
ou, pelo vosso amor, a ignorância,
dai-me anos de abundância,
ou de fome ou de escassez,
dai-me as trevas ou a claridade,
abanai-me aqui ou ali:
que esperais de mim, Senhor?
Se quiseres que repouse,
por amor, repousarei;
se me mandardes trabalhar,
quero morrer trabalhando.
Dizei-me onde, quando e como.
Falai, ó vós que amo:
que esperais de mim, Senhor?
Só vós, ó Deus, viveis em mim.
Que esperais de mim, Senhor?
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