Senhor Deus, dá-nos a paz. Não nos deste tudo?
A paz do repouso, a paz do sábado, a paz sem crepúsculo.
Toda esta ordem muito bela, daquilo que é muito bom,
Tudo isso passará, os seus limites serão atingidos:
Toda esta ordem muito bela, daquilo que é muito bom,
Tudo isso passará, os seus limites serão atingidos:
N eles se fizeram uma manhã e uma tarde.
Mas o sétimo dia não conhece tarde nem pôr do Sol:
Tu sacrificaste-o para que permaneça eternamente
No termo das tuas obras, muito boas, contudo realizadas
no repouso.
Tu repousaste ao sétimo dia.
Tu repousaste ao sétimo dia.
Assim, a voz do teu livro anuncia que no termo das nossas
obras, que também são muito boas,
Já que és Tu quem no-las oferece como dom, também nós, no sábado da vida eterna,
Já que és Tu quem no-las oferece como dom, também nós, no sábado da vida eterna,
Repousaremos em Ti.
Então, repousarás em nós, como hoje operas em nós:
Assim, através de nós, este repouso será teu,
Justamente como as tuas obras, através de nós, são tuas.
Mas Tu, Senhor, continuamente operas e repousas,
Justamente como as tuas obras, através de nós, são tuas.
Mas Tu, Senhor, continuamente operas e repousas,
Não tens nem visão para um tempo, nem repouso para um
tempo
E, no entanto, és Tu quem faz as visões do tempo e o que são os tempos,
E o que é o repouso, mesmo no fim dos tempos.
E, no entanto, és Tu quem faz as visões do tempo e o que são os tempos,
E o que é o repouso, mesmo no fim dos tempos.
Nós vemos as coisas que fizeste, porque elas existem.
Mas para Ti, elas só existem porque as vês.
Nós vemo-las com os olhos porque existem;
E, com o coração, porque são boas.
Mas Tu fizeste-as, mesmo quando as vias serem feitas.
Houve um momento em que fomos impelidos a fazer o bem,
Depois de o nosso coração o ter concebido do teu Espírito,
Depois de o nosso coração o ter concebido do teu Espírito,
Enquanto antes deste tempo era contra vontade que éramos
levados,
Como te abandonávamos!
Como te abandonávamos!
Mas Tu, Deus Único e Bom,
Nunca deixaste de fazer o bem.
Algumas das nossas obras são boas - por um dom da tua
graça, é bem verdade -
Mas não são eternas.
No seu término, esperamos encontrar o repouso na tua
santidade infinita.
Mas Tu, Bem que não precisa de nenhum bem, estás sempre
no repouso
Porque o teu repouso és Tu mesmo.
E quem me concederá que compreenda isto?
Que homem ao homem? Que anjo ao anjo? Que anjo ao homem?
Que to peçam a Ti! Que o procurem em Ti!
Que to peçam a Ti! Que o procurem em Ti!
Que batam à tua porta!
Sim, sim, receber-se-á; sim, descobrir-se-á; sim,
abrir-se-á.
AGOSTINHO DE HIPONA (354-430)
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