Porquê, prazer de todo o meu ser, afastas a tua face que
me encanta? Onde se esconde a beleza de que estou ávido? Respiro o teu perfume,
vivo e o prazer assalta-me; mas de modo nenhum te vejo.
Ouço a tua voz e revivo. Mas porque escondes a tua face? Talvez digas: «O homem não me verá e viverá.» Eia! Senhor, faz com que eu morra para te ver. Que te veja, quando eu morrer para o mundo. Já não quero viver, quero morrer: o meu único desejo é modificar-me e estar com Cristo. Desejo morrer para ver Cristo. Ó Senhor Jesus, recebe o meu último suspiro: minha vida, recebe a minha alma. Minha alegria, arranca o meu coração; meu doce alimento, devorar-te-ia. Minha cabeça, conduz-me. Luz dos meus olhos, ilumina-me. Harmonia, reina em mim. Única razão da minha glória, exalta a alma do teu servo. Entra nela, doçura suprema, para que ela te saboreie. Luz eterna, brilha sobre ela, para que te compreenda, para que ela te conheça e ame.
Ouço a tua voz e revivo. Mas porque escondes a tua face? Talvez digas: «O homem não me verá e viverá.» Eia! Senhor, faz com que eu morra para te ver. Que te veja, quando eu morrer para o mundo. Já não quero viver, quero morrer: o meu único desejo é modificar-me e estar com Cristo. Desejo morrer para ver Cristo. Ó Senhor Jesus, recebe o meu último suspiro: minha vida, recebe a minha alma. Minha alegria, arranca o meu coração; meu doce alimento, devorar-te-ia. Minha cabeça, conduz-me. Luz dos meus olhos, ilumina-me. Harmonia, reina em mim. Única razão da minha glória, exalta a alma do teu servo. Entra nela, doçura suprema, para que ela te saboreie. Luz eterna, brilha sobre ela, para que te compreenda, para que ela te conheça e ame.
AGOSTINHO DE HIPONA (345-430)
Sem comentários:
Enviar um comentário